Ainda que seja batizada como taxa, não se trata de um imposto. Em verdade, trata-se de um conceito que demonstra como alguns produtos direcionados para o público feminino custam mais caro, ainda que sejam similares aos demais produtos para o público masculino.
Uma pesquisa da ESPM, realizada em 2018, foi amplamente divulgada como forma de mostrar, com indicadores, como funciona a desigualdade no mercado. Segundo a pesquisa, produtos rosas e/ou com personagens femininos são, em média, 12,3% mais caros do que os regulares.
Assim, na prática, o que se observa é a instauração de uma tributação regressiva, mediante impostos sobre renda e consumo, o que se verifica, tanto em países periféricos como o Brasil, quanto em outros países ao redor do mundo, isso porque os produtos destinados ao público feminino são mais caros, enquanto que referido público tende a receber salário menor, ainda que exerça a mesma função do que homens na mesma posição.
Mas por que isso acontece? Infelizmente, existe um pensamento enraizado na sociedade e que reverbera no marketing de que as mulheres estão mais dispostas a pagar mais caro pelos produtos, já que as compras têm um “peso simbólico e emocional”.
Por isso, tenha inteligência financeira, compare preços e, caso não haja nenhum benefício relevante, opte pelo produto “azul”. O seu bolso vai agradecer e você deixará de apoiar uma indústria de estereótipos.
Além disso, veja se outras marcas oferecem produtos neutros; isso já é um grande passo que mostra como elas estão à frente de empresas ainda aprisionadas no estigma “rosa e azul” — e não se deixe enganar, pode ser roxo e verde, amarelo e azul-escuro, então atenção sempre.
Acima de tudo, compre e apoie marcas que não praticam a taxa rosa. A mudança começa nas gôndolas das lojas, então seja você parte da revolução.
Deu para entender o que é a taxa rosa? Conte para a gente nos comentários se você já tinha reparado nessas diferenças de preços.
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